Síndrome de Burnout

O termo “burnout” vem do inglês e significa esgotamento ou combustão completa. A partir disto, você já consegue imaginar um pouco do que acontece na vida de quem desenvolve a síndrome de burnout.

Essa síndrome é causada pela exaustão extrema relacionada ao trabalho (geralmente ao excesso de trabalho ou ao excesso de cobranças de desempenho, sejam cobranças de chefia ou de si mesmo). Também pode ser chamada de “síndrome do esgotamento profissional”.

Os profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes são os mais afetados. Ex.: profissionais da área de saúde, professores, policiais, jornalistas, dentre outros, mas qualquer pessoa sobrecarregada em qualquer área de trabalho – inclusive donas (os) de casa – pode ser afetada pela síndrome.

De acordo com a International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o segundo país com o maior número de pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout.

Um estudo realizado pela PEBMED (portal de saúde), publicado em novembro de 2020, revela que 78% dos profissionais de saúde tiveram sinais de Síndrome de Burnout no período da pandemia. A prevalência foi de 79% entre médicos, 74% entre enfermeiros e 64% entre técnicos de enfermagem.

Os sintomas mais comuns da Síndrome de Burnout são: Cansaço excessivo, físico e mental, agressividade, dor de cabeça frequente, impaciência, alterações no apetite, lapsos de memória, insônia, dificuldades de concentração, baixa autoestima, negatividade constante, isolamento, sentimentos de derrota, desesperança e incompetência, ansiedade aumentada, fadiga, picos de pressão arterial, dores musculares, problemas gastrointestinais, baixa no humor, alteração nos batimentos cardíacos, etc.

A síndrome começa com indisposição e desânimo para ir trabalhar. Com o passar do tempo outros sintomas vão surgindo, além da piora dos primeiros. Esteja atento (a) a isso.

O diagnóstico da síndrome de burnout é feito através de avaliação clínica feita por Psiquiatra. Geralmente, o tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. A indicação da prática de atividade física regular, exercícios de relaxamento e acupuntura, também ajuda na melhora dos sintomas, bem como, a evitação do uso de álcool e outras drogas.

Para conseguir responder bem ao tratamento, é necessário que a pessoa seja afastada de suas funções laborativas (direito garantido pela legislação), e em casos considerados graves, pode ser solicitada até a aposentadoria por invalidez. O período de afastamento é solicitado pelo (a) Psiquiatra através de relatório.

Como forma de prevenir a síndrome de burnout é importante praticar atividade física, ter um hobby, buscar as melhores formas de desempenhar sua função sem se desgastar, ter cuidado com as autocobranças, pontuar à chefia quando estiver se sentindo sobrecarregado (a), evitar consumo de álcool, drogas, substâncias estimulantes em excesso (Ex.: café e bebidas energéticas) e controlar a ansiedade.

Se você percebe que está apresentando alguns dos sintomas citados aqui ou observou que alguém próximo pode estar desenvolvendo a síndrome de burnout, busque ou sugira a esta pessoa que procure um (a) psiquiatra e psicólogo (a), afinal:

Fazer psicoterapia é o melhor presente que você pode se dar!

Autor

Aurea Souza

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